Lá vamos nós para mais um ano! Prontos para o trabalho depois desses dias de festas? A virada do ano se foi, esta é a primeira segunda-feira, hora de começar a cumprir as resoluções, perder o peso ganho com tantos almoços e jantares, trabalhar para fazer um país melhor. O que esperar desse ano de 2016?
E de novo, infelizmente, os mares não serão calmos e tempestades estão por vir. Isso não é necessariamente ruim, especialmente se você se lembrar que “enquanto uns choram, outros vendem lenços”. Eu poderia praticamente repetir o post que escrevi no começo de janeiro do ano passado, mas vou tentar melhorar um pouco o discurso.
- penso que a situação não possa ficar pior do que já está: 2015 foi o ápice da crise, o que não significa que daqui em diante as coisas só vão melhorar. Terminamos o ano em recessão.
- esse ano de 2016 (e provavelmente, 2017) ainda serão difíceis para a economia brasileira: o país não é uma bicicleta que acelera e para quase instantaneamente, assim como pode fazer manobras radicais. Ele está mais para um elefante pesado, difícil de manobrar. Portanto, avançando ou não o impeachment da presidente, até que as coisas entrem nos eixos, ainda vai um tempo, e enquanto esse tempo não chega, o Brasil andará de lado.
- o e-commerce vai continuar crescendo, mesmo em tempos de crise: isso vai acontecer por dois motivos. O primeiro é que cada vez mais as pessoas percebem o quanto é fácil comprar pela internet. Mais pessoas, maior mercado, mais interesse das empresas em estarem ali. O segundo é que é mais fácil pesquisar preços usando a internet e se alguém tem um preço melhor, especialmente em tempos de crise, ganhará a escolha do cliente.
- esse é outro ponto interessante, a briga se dará em torno do preço: não dá pra querer que as pessoas paguem mais apenas por fidelidade ou escolha pela sua marca. O brasileiro está sem dinheiro e com medo e onde ele puder cortar gastos, ele cortará. Você pode tentar manter seus preços e até reajustá-los, mas se ultrapassar o ponto onde o cliente vê valor em seu produto ou serviço, ele vai procurar o concorrente.
- nascerão mais pequenas empresas e a maioria delas estará no e-commerce: se as pessoas estão perdendo o emprego e tem dificuldade de recolocação, elas não vão ficar paradas. Por isso, vemos tantos novos carros de lanches e bancas de churrasquinho pelas ruas. As pessoas se mexem pois precisam comer. Muitas se aventuram no primeiro negócio, em um movimento chamado de “empreendedorismo por necessidade”. Abrir uma loja virtual é “mais fácil” que abrir um negócio físico e isso vai pesar.
E o Magento? Bom, depois de 5 anos temos uma novidade. o lançamento do Magento 2. Ainda não consegui testar o Magento 2 com calma, mas espero fazer isso nesse mês de janeiro e aí poder avaliá-lo melhor. Independente disso, posso fazer algumas afirmações:
- quem está pensando em atualizar do Magento 1 para o Magento 2, pé no freio. Você simplesmente quebrará sua loja e não é isso que você quer, não?
- o mercado ainda precisa de uns meses para desenvolver as funcionalidades necessárias para uma loja, especialmente no Brasil. A maioria dos meios de pagamento ainda não tem módulos para o Magento 2 e até o momento em que escrevo esse post, ainda não há o módulo dos Correios. Ou seja, hoje o Magento 2 não funciona no Brasil.
- o Magento 2 é bonito, mais organizado, usa o jQuery e o Bootstrap, mas por enquanto é mais do mesmo. Então, não espere aquela sensação de carro novo, construído do zero, e sim uma nova versão do carro antigo, melhorado, é claro.
Seja no Magento, seja em outra plataforma, os próximos dois anos serão de muito trabalho. Não porque a economia está crescendo e o país está andando e sim pelo oposto: em tempos de crise, para se fazer as mesmas coisas, é preciso muito mais esforço. Sobreviveremos a mais alguns anos! Feliz Ano Novo!