Este talvez seja o mais simples e o mais complexo dos quatro tópicos que encerram esse blog. Também é o que mais e o que menos aparece, pois lidamos com centenas de ferramentas todos os dias, mas não nos damos conta de que sem elas, as coisas seriam muito mais difíceis. É sobre isso que quero falar agora, sobre a facilidade com que lidamos com coisas que há poucos anos não seriam possíveis.
Você conversa com tantas pessoas ao longo do dia. Algumas pessoalmente, outras poucas por telefone. A grande maioria das pessoas com que você conversa está do outro lado do Whats App ou do Facebook Messenger. Não vamos longe: cinco anos atrás, como era? Não digo que não era, mas era muito pouco. Míseros cinco anos atrás, em 2012, o Whats App era um completo desconhecido. A ferramenta de chat do Facebook existia apenas no site, não era disponível em aplicativo. O Skype já era utilizado por muita gente, o MSN (sim!) ainda tinha alguns adeptos, mas funcionava apenas no computador.
Com quantas pessoas você tem contato hoje que não tinha há alguns anos? Quantos parentes distantes, amigos de escola, profissionais com quem tem afinidade? Quantas pessoas foram aproximadas por conta destas ferramentas de comunicação que não custam nada!
Parênteses: não vou discutir o custo escondido dessas ferramentas, que consomem banda de internet e que alguém está pagando a conta. Também não vou discutir que apesar de próximas, conversando todos os dias durante todo o dia, muitas pessoas na verdade estão ainda mais longe umas das outras e sem conteúdo!
Vamos mais longe: e-mails. Profissionalmente, eu escrevo ao menos meia dúzia de e-mails por dia. Recebo outra meia dúzia (depois dos 100 spams, que inferno!!!!). Antes, precisávamos escrever CARTAS. Que eram colocadas no Correio e levavam dias para chegar ao destino. Se seguirmos nessa mesma estrada, temos ainda as chamadas via Skype, Whats App, Messenger, feitas de qualquer parte para qualquer parte do mundo.
Mudando a estrada, quantos aplicativos online você usa? Eu controlo as minhas finanças com um software online. Gerencio os meus projetos em um software online. Incluo as minhas notas em outro software online. Controlo as minhas tarefas em um outro software online. Coloco meus códigos em um serviço online. Tudo online e todos gratuitos (de novo a história do almoço grátis).
Sua loja virtual está em um servidor, seja uma VPS ou compartilhado, que custa uma fração de reais do que custava há alguns anos. Os servidores estão mais seguros e melhor gerenciados e mesmo assim o valor é menor. Além disso, antes, para ter domínios adicionais se pagava. Hoje, a maioria das VPS disponíveis permite ilimitados domínios. Ah, meus arquivos estão no Dropbox, mais um serviço gratuito que é insubstituível, não há desculpa para não ter backup e controle de versão.
Você não precisa mais ir ao banco para fazer quase nada. Nem depositar cheque! (aliás, cheque? o que é isso?) Você só precisa ir ao banco para sacar dinheiro ou para reclamar com o gerente quando o banco faz uma idiotice (é, isso ainda existe, além da tarifa mensal para não fazer nada que todo banco cobra, ao mesmo tempo que faturam bastante com a baixa taxa de juros brasileira).
Tudo está online! Tudo depende da informática! Tudo depende de computadores e serviços online. O que posso dizer com isso? Que se você não entende essa lógica e não quer viver nesse mundo conectado, não é apenas a sua loja virtual que não vai pra frente. A sua empresa física também vai afundar. Se você ainda não mudou sua mente, é chegada a hora de mudar.
Daqui a dois ou três anos, o Brasil vai se levantar. Não digo que devemos esperar a glória e a redenção, mas sairá um Brasil um pouco melhor do que quando saiu da última crise (leia-se 2009, 2004, 2000, 1997, 1991, 1990, 1989, 1988, 1987, 1986, você escolhe a crise!). Se nossos pensamentos continuarem os mesmos e não tivermos aprendido que um país se faz com empreendedores, comprometidos com a mudança, dispostos a querer coisas novas e a fazer o certo e não o cômodo, seguiremos com os voos de galinha até o fim dos tempos.
Eu tenho certeza porém de que você pode fazer a diferença e ser agente da mudança. As ferramentas estão aí, basta querer aprender a usá-las!