Ontem olhava uma reportagem no Fantástico, onde tentaram “desconectar” uma jovem, impedindo o uso da internet, telefone, celular, enfim, tudo que fosse eletrônico. Tentaram também desativar o sistema de controle de pedidos de clientes em uma padaria. Não é preciso dizer a confusão que deu…
Não sou psicólogo, filósofo, sociólogo ou outro estudioso dessa área, mas é interessante ver como os mais jovens (e os nem tão jovens assim) são dependentes do mundo online. Tempos atrás saiu uma tirinha com o tema semelhante, algo como “como seria o mundo sem internet”, onde as pessoas voltariam a estar mais distantes que um clique, uma frase no MSN ou uma palavra no Skype. É óbvio que o mundo está sendo construído em cima do “tudo ao mesmo tempo agora” e que não adianta remar contra essa maré. É preciso no entanto não exagerar na dose, nem esquecer que o corpo precisa de pausas, períodos de descanso realmente desconectado.
Só não dá pra dizer que é algo novo e que a humanidade nunca enfrentou isso antes. Carros não são de hoje, mas experimente ficar sem carro. Sem carro, sem ônibus, sem caminhão, sem trem, sem avião, sem meios de transporte. Ficar sem telefone, sem correio, sem celular, sem internet, sem meios de comunicação. Experimente ficar sem televisão, sem jornal, sem revista, sem portais de conteúdo, sem meios de informação. Essa revolução não é de agora, ela começou 500 anos atrás, quando um certo Gutemberg encontrou a forma de expandir os conhecimentos em larga escala. Vai só ampliar e o homem terá que achar o meio termo entre o conectado e o desconectado.