Até pouco tempo atrás, eu era praticamente um desconectado no que se referia à internet no celular. Também não conseguia ver como as operadoras de telefonia conseguiriam atender à demanda crescente, unindo qualidade e preços baixos. Tudo bem, qualidade não é uma palavra que conste no vocabulário das operadoras de telefonia, mas parece-me que as coisas estão mudando rapidamente no que diz respeito à acesso e preços baixos.
Como já comentei no Twitter, no começo do ano investi em um smartphone, o Samsung Galaxy 5, a aposta (completamente errada, mas isso fica pra outro post) da Samsung em fazer smartphones populares. Ele vem com o sistema Android, totalmente integrado aos serviços do Google, e a maior parte das funções comuns aos smartphones de hoje.
Agora já posso fazer alguns comentários sobre seu uso. Não tinha a visão do quanto um aparelho desses facilita a vida e de como ele pode se integrar às nossas rotinas, seja substituindo uma agenda em papel (com todas as facilidades do Google Calendar) ou ajudando a encontrar um endereço numa cidade grande através do Google Maps, seja integrando e interagindo através de serviços como o FourSquare, Beluga e o Twitter, permitindo que se compartilhe informações a todo instante, falando do trânsito, do tempo, do que está em cartaz no cinema ou de um artigo em promoção em determinada loja. As informações fluem com maior rapidez, sendo postadas na hora e no lugar que acontecem, realmente convertendo cada pessoa em um contribuinte, aumentando o conteúdo da internet com seus próprios pontos de vista.
O comércio eletrônico já começa a sentir os efeitos da entrada dos smartphones, mas o comércio físico também será alcançado por esses aparelhos. À medida que mais e mais aparelhos com GPS estiverem por aí, as ferramentas de busca serão capazes de dar resultados baseados na sua localização e até mesmo sugerir o restaurante da moda, outro conforme os seus gostos, informados em seu perfil nas redes sociais, ou o que estiver com o menor tempo de espera na fila.
Em breve, isso vai causar uma revolução ainda maior na forma como fazemos negócios. Vamos somar as redes sociais, reputação, facilidades de meios de pagamento eletrônico, localização instantânea e muito mais para decidirmos onde, quando e como comprar. A concorrência que já é grande ficará ainda mais feroz, o que nos obrigará a mudar e aprimorar a forma como trabalhamos, mais e mais, cada vez mais continuamente. Se hoje já não temos espaço para nos acomodarmos, as coisas ficarão ainda mais difíceis para quem não quer melhorar e buscar eficiência em tudo que faz.
Escrevi boa parte desse post no teclado do Android, com o mecanismo Swype, prático e rápido. Ainda temos um bom caminho a percorrer em relação à praticidade e usabilidade, mas não tem volta: os smartphones e tablets vão dominar e boa parte dos negócios passarão por eles. Você está pronto?