Desde o começo do desenvolvimento, o Magento incorpora um esquema de atualização bem interessante. Ele é praticamente como um sistema operacional, baseado em repositórios de arquivos que podem comparar as versões instaladas e proceder à atualização automaticamente. O nome desse sistema é Magento Connect e também é o principal canal para distribuição de módulos para o software.
O Connect possui uma interface gráfica a partir do painel de controle – que bem configurada, funciona perfeitamente -, mas a melhor forma de trabalhar com ela é pela linha de comando, o que restringe o seu acesso a usuários mais experientes. Porém, o grande problema não está aí e sim na maneira como essas atualizações devem feitas.
De uma versão para outra do Magento (mesmo da 1.4.0.1 para a 1.4.1.0, por exemplo) mudam várias coisas no core do sistema e nas tabelas do banco de dados. Antes de soltar a versão, a Varien testa o funcionamento do sistema (e mesmo assim, sempre há erros pontuais que só aparecem com a distribuição na rua). As dificuldades vêm na esteira dos acessórios que se integram ao Magento, que nem sempre garantem compatibilidade após uma atualização.
Isso aconteceu comigo hoje, em uma loja ainda em desenvolvimento. Ela utiliza um template comprado, que funcionava bem na versão 1.4.0.1 e parou totalmente de funcionar na versão 1.4.1.0. Como é uma loja ainda em construção, não há grandes transtornos, mas quando isso ocorre em uma loja de verdade, os problemas são grandes! No caso do template falhar, não há o que fazer a não ser voltar à versão anterior do Magento e aguardar que saia uma atualização do template. Se isso não ocorrer – é difícil, mas pode acontecer – a loja simplesmente não pode ser atualizada.
Fica aqui as dicas: para atualizar o Magento, verifique o suporte que é dado aos módulos e temas comprados, faça sempre backup, teste antes em uma loja fora de produção e se não tiver experiência, contrate um profissional. Certamente vai sair mais barato do que arcar com o prejuízo de ter sua loja fora do ar por horas ou talvez dias.
PS. Peguei a imagem de ilustração desse post no site da Inchoo, empresa na Europa que também desenvolve lojas virtuais em Magento. Periodicamente, eles publicam charges, com o título de “Inchooers“, uma sátira bem bolada sobre o mundo dos desenvolvedores e sobre o Magento. Está em inglês e vale a pena!