De volta à rotina, depois de mais um Bargento Brasil, é hora de refletir sobre o evento, quais foram os erros e os acertos, o que fica de bom e o que precisa ser melhorado (sempre tem alguma coisa pra melhorar, não?) no próximo ano. Uma coisa acho que posso afirmar: o Bargento São Paulo 2014 foi um sucesso! Cerca de 120 pessoas lotaram o Bar Aurora e acompanharam três micro palestras de qualidade, com profissionais que vivem o dia-a-dia do mercado e possuem muito conteúdo a transmitir.
Sou suspeito para falar da palestra principal, mas creio que ela atendeu as expectativas do público e tanto lojistas como desenvolvedores puderam ter insights sobre como vender mais com Magento. Também acho que acertamos na escolha do lugar, a sonorização dessa vez estava quase perfeita e o cardápio agradou a todos. Mesmo com o evento cheio, ainda havia espaço para circular e as pessoas puderam conversar sem problemas.
Nesse ano não teremos mais edições do Bargento, devido à Copa do Mundo e o próximo evento será em 2015. Então, quais são as considerações que podemos tirar dessa edição única?
Sempre achei que a grande sacada do Bargento no Brasil era ter a estrutura de eventos descentralizada, promovendo eventos pequenos em diversas cidades, com custos sob controle. Ainda quero apostar nesse formato mas o resultado do Bargento São Paulo começa a levantar algumas dúvidas sobre a sustentabilidade do evento e como ele pode ser levado adiante.
A grande questão é a escala: mesmo sendo realizado em bares e restaurantes, as edições do Bargento ainda tem um custo bem acima do ideal. Para fazermos um evento organizado, precisamos fechar os bares e isso exige uma contrapartida em lugares garantidos. O evento precisa ser realizado às segundas ou terças (nos demais dias é quase impossível fechar o bar) e é difícil encontrar espaços que comportem 60 a 80 pessoas e que ainda disponham de boa acústica e boa visualização em todos os lugares.
Além disso, o Bargento ainda é pouco conhecido fora de São Paulo e é realmente complicado colocar 60 pessoas em um evento, mesmo investindo em publicidade direcionada. Abaixo dessa lotação, o modelo fica inviável, pois os custos com o bar, com o deslocamento e hospedagem da equipe (muitas vezes, apenas eu!) e do palestrante acabam pesando demais.
Em contrapartida, o evento já se consolidou em São Paulo. Nesses dois anos de evento, a edição São Paulo sempre correu conforme o planejado, nossos patrocinadores foram definidos com meses de antecedência e a venda dos ingressos como algo natural. Isso nos coloca em xeque: enquanto em São Paulo, o evento já é sustentável, em todas as demais cidades ele dá prejuízo. Como evangelista, é fácil aceitar que um evento compense os outros, mas como empresa, a equação não fecha.
Nos próximos meses, terei a missão de refletir sobre como lidar com essa equação. Fazer eventos ainda menores nas demais cidades, em um formato de meet up totalmente descontraído? Apenas um bate-papo entre amantes do Magento e do e-commerce, sem palestras? Buscar patrocinadores locais dispostos a custear os eventos em cidades como Fortaleza ou Curitiba? Ainda não sei a resposta mas se você tiver uma opinião, os comentários estão abertos!
Ah, e novamente obrigado a todos os que participaram do Bargento Brasil 2014. Em 2015, uma nova e melhor edição, podem acreditar!