Um catálogo de produtos é o centro de uma loja virtual, o que realmente importa, pois é por conta dele que os clientes entrarão na loja e é nele que está aquilo que o cliente quer, um produto. Nesse tutorial, falamos sobre como montar um catálogo de produtos de qualidade para sua loja virtual. Você pode buscar outros artigos sobre produtos aqui no blog.
Chegamos quase ao final desse tutorial sobre como montar um catálogo de produtos. Digo quase pois há uma surpresa no final desse post. Depois de ter trabalhado o que você vai vender, como é esse produto e como seu cliente navegará por seu site, é hora de falar do cadastro do produto em si.
Aqui não falo de uma plataforma específica, mas a maioria delas deve seguir basicamente o mesmo esquema que mostrarei aqui. Se tiver alguma dúvida, busque por tutoriais específicos para sua plataforma ou converse com o desenvolvedor ou empresa fornecedora do software.
6) Os produtos
Antes de partir para o cadastro em si, ainda há algumas decisões a tomar sobre como será feita a inserção dos produtos em sua loja virtual. Basicamente, há três possibilidades:
- Cadastrar manualmente um a um, via painel de controle.
- Preparar uma planilha com todos os produtos e importá-la via painel de controle.
- Importar os produtos a partir de seu ERP ou software do fornecedor.
Não dá pra dizer que uma forma seja melhor ou mais fácil que a outra. Via de regra, se você tem poucos produtos (menos de 50), a forma mais rápida é cadastrar manualmente os produtos, já inserindo no painel de administração todas as informações que você levantou nas fases anteriores, conforme as especificações de cada produto.
Se você tem mais de 50 produtos, vale a pena pensar na planilha como um importante aliado, já que você ganha velocidade ao entrar com as informações de maneira organizada e em um só lugar.
Se você for importar do ERP, precisa verificar como é feita a integração entre as plataformas e também que dados estão cadastrados no gestor da empresa. Normalmente, o ERP não traz as descrições e as imagens – ou ao menos não no formato que se espera para uma loja virtual. Assim, depois de importar os dados grosseiros, você deve revisar e completar produto por produto.
Em qualquer um dos casos, você deverá ter uma relação dos produtos que venderá, de modo a guiá-lo, já com os códigos únicos dos produtos, também chamados de referência ou SKU (Stock Keeping Unit, Unidade de Controle de Estoque). Você precisará também das descrições e das imagens (que veremos em instantes). Se optar pela inserção direto no painel, siga as instruções de sua plataforma e cadastre produto por produto. Se optar pela planilha, você deve prepará-la.
Para isso, utilize o Excel ou seu editor favorito. Cada coluna será uma característica e nas linhas você colocará os produtos. Por exemplo, a primeira coluna é o SKU, a segunda o nome do produto, a terceira, o preço, a quarta a quantidade em estoque e assim por diante. Cada atributo será uma coluna e você seguirá o roteiro que preparou antecipadamente. Normalmente, você consegue obter um modelo de planilha para a plataforma que você utiliza. O PrestaShop tem esses modelos em sua própria página de importação de CSV e para o Magento eu disponibilizei uma aqui no blog, basta clicar no link.
Dessa forma, você pode preparar o cadastro de todos os produtos, deixando apenas as descrições (que normalmente não funcionam no Excel, pois têm quebras de linha, estragando o arquivo na importação) para serem inseridas depois, junto com as imagens.
As descrições
Uma imagem vale mais que mil palavras e veremos as imagens no próximo tópico. Só as imagens, entretanto, não são suficientes. Por mais que as pessoas não leiam as páginas de internet, você precisa investir seu tempo na construção de boas descrições. Elas são de dois tipos:
- Descrição rápida: são os 15 primeiros minutos do filme, onde você chama a atenção do expectador e o motiva a continuar assistindo. No caso de um produto, é um texto curto (recomendo que seja menor que 150 caracteres, de modo a ser usado também como meta description, a descrição para o Google), onde você reforça para o visitante o que aquele produto faz e permite que ele se certifique de que está – ou não está – vendo o produto desejado. Essa descrição fica no começo do corpo do produto em si, logo depois do título e antes do preço.
- Descrição completa: é o filme em si, onde você apresenta todos os detalhes necessários ao cliente, de modo que ele saiba exatamente o que está comprando. Não há um limite de texto, mas eu recomendo que você construa descrições com ao menos dois parágrafos, mostrando o que aquele produto pode fazer para resolver o problema que o cliente tem. Não copie as descrições fornecidas pelos fabricantes. Além de elas serem técnicas demais, você terá uma descrição idêntica a de seus principais concorrentes. Ah, não copie as descrições de seus concorrentes!
- Especificações adicionais: caso seus produtos tenham especificações adicionais, que não puderam ser incluídas nos atributos, crie um campo próprio para isso, de modo que o cliente possa localizá-lo de maneira fácil.
Junto com as descrições, as páginas exibirão uma listagem das características ou atributos, isto é, tudo aquilo que compõem o produto. Esse trabalho será automático, baseado nas informações que você incluiu ao cadastrar seus produtos.
7) Conteúdo
Você já precisou comprar um imóvel na planta? Já precisou imaginar como ficaria uma reforma em sua casa ou como seria sua sala conforme a cor que você escolhesse para as paredes? A maioria esmagadora das pessoas tem dificuldades de visualizar e precisam se apoiar em modelos materiais, imagens, vídeos. É por isso que as construtoras recorrem às maquetes, sejam reais, feitas em madeira, seja as virtuais, feitas com computador.
Você pode deixar apenas os textos na página do produto e uma parte dos consumidores será capaz de entender exatamente o que você está vendendo. Mas pense por você: quantas vezes você deixou de comprar um produto pois não havia fotos cadastradas? Você não preferiu buscar em um concorrente? Será assim com seus clientes caso você não ofereça imagens do que está vendendo.
Mais do que isso, para começar você pode recorrer às imagens obtidas no banco de fotos de seus fornecedores ou fabricantes. No longo prazo, você não terá um diferencial importante, o de trabalhar seu público de maneira particular, atendendo suas necessidades. Portanto, se possível, inicie suas operações com suas próprias imagens. Se não, organize-se para tal. Não vou entrar em detalhes nesse artigo, mas aqui no blog há alguns posts falando sobre como preparar as imagens para sua loja virtual.
O mesmo vale para os vídeos. Fotos são legais e ajudarão muito. Vídeos são ainda melhores e podem fazer a diferença entre sua loja e a dos concorrentes. Pense em vídeos curtos (entre 30 segundos e 2 minutos), que mostrem o produto em uso e que sejam claros, produzidos com um mínimo de preparo. Você não precisa fazer vídeos profissionais, porém vídeos amadores não ajudarão na venda.
Por último, se seu produto tiver um manual, ofereça-o ao cliente, na forma de um arquivo PDF. Indo um pouco além, você pode produzir seus próprios guias de uso, dando seu toque pessoal ao produto e divulgando sua marca. No fim das contas, é o conteúdo que você compartilhar com seu cliente que fará toda a diferença.
Antes de terminar, a surpresa que eu havia prometido. Como o assunto é extenso e agosto tem 5 semanas, esse tutorial ganhou um post extra. Na semana que vem, falo ainda sobre o relacionamento de produtos e como trabalhar as vendas cruzadas. Até lá!